A polícia civil do Tocantins, por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores - DRFRVA, sob a coordenação dos Delegados Rossilio Souza Correia e Ronan Almeida Souza, no dia de hoje, deflagrou uma operação que investigava uma quadrilha que, há anos, vem praticando diversos estelionatos no Estados do Tocantins.
Na data de hoje, foram presos por força de prisões preventivas mais dois membros do grupo, sendo eles o advogado Carlos Alexandre Batista Ferraz e o servidor Penal administrativo Thuhaarlenn Bonney Brasil Nunes Araújo, vulgo “Brasil”. No último dia 27, na primeira fase da operação já havia sido preso o coautor Willian Jonathan Trevisan, de 41 anos de idade. Também foram cumpridos três Mandados de buscas e apreensões nos imóveis dos investigados.
O grupo foi responsável por dezenas de estelionatos no Tocantins, sendo que a maioria deles relacionados a compras e venda de tratores e máquinas agrícolas com cheques sustados, sem fundos e documentos falsos. Ficou evidente nos autos a presença de “liame subjetivo” entre esses três investigados, os quais, vem agindo com estabilidade e permanência, já há algum tempo, na prática reiterada e contumaz de diversos crimes, inclusive, se enriquecendo ilicitamente.
No grupo destaca-se o advogado Carlos Alexandre Ferraz como mentor intelectual; Willian Jonathan Trevizan, como coautor executor e Thuhaarlenn Bonney Brasil Nunes Araújo, vulgo “Brasil” coautor funcional. Apurou nas investigações o seguinte "modus operandi" do grupo: "o grupo procurava tratores e máquinas agrícolas em anúncios ou sites de revendas. Após localizarem os maquinários, eram realizadas a compra pelo grupo, cujos pagamentos eram feitos por meio de cheques. Posteriormente, o grupo sustavam os cheques e revendiam os tratores, na maioria das vezes, pela metade dos preços.
Veiculo apreendido pela Polícia Civil - Foto: Divulgação
O dinheiro era dividido integralmente entre o advogado Carlos Alexandre e William Trevisan. O restante era passado para o terceiro e um quarto coautor. Revelou as investigações, por meio de quebra de sigiloso telefônico e dezenas de outras provas que o advogado Carlos Alexandre Ferraz não tinha apenas uma relação entre advogado e cliente, mas sim coautor executor direto e mentor intelectual nas práticas dos delitos. Era ele a pessoa que arregimentava os clientes (possíveis vendedores e compradores de tratores), pagava os fretes para buscar as maquinas agrícolas objetos de crimes; pagava as comissões para os corretores; preenchiam os cheques usados nos estelionatos; executavam as potenciais vítimas que cometiam exercício arbitrários das próprias razões, na apreensões e retenções de seus próprios bens não pagos e expropriados ilicitamente, além de receber praticamente a metade das quantias proveitos dos dos crimes. A sua outra função importante no grupo era de “brindar” Willian Jonathan Trevizan de processos e ameaças por parte das vítimas.
Carlos Alexandre, após saber que as vítimas estavam atrás de Willian Jonathan, as procuram e começam a incomodá-la com ameaças de processos judiciais. Com relação ao autor, William Jonathan Trevisan ficou apurado ainda nas investigações que esse investigado, há anos, vem aplicando golpes na praça, das mais várias formas, sendo os principais: compra de tratores e maquinas agrícolas usando documentos falsos e cheques fundos e sustados; estelionato eletrônico, por meio de simulação de Pix falso; c) estelionato na compra de gado e arrendamento de fazendas; estelionatos na compra de imóveis, com comprovantes de pagamentos de boletos falsificados, dentre outros crimes os últimos crimes praticados pelo mesmo ocorreram entre os meses de fevereiro e maio de 2023, onde foi feito em uma compra em uma concessionária, em Palmas, referente a um trator, no valor de R$ 780.000,00 reais.
Para essa compra foi feito uso uso de documentos falsos e conversa enganosa. Também foi feito a compra de um trator e uma máquina agrícola na cidade de Dois Irmãos e Lagoa da Confusão, onde foi feito ouso de cheques sustados, causando prejuízo a vítima no valor de no valor de R$ 480.000,00 reais. Além desses, recentemente também foi comprado pelo grupo com cheques sustados tratores nas cidades de Aliança do Tocantins, Natividade e Novo Acordo.
É oportuno ressaltar que consta no sistema da Polícia Civil dezenas de Boletins de Ocorrências, sendo todos relacionados a praticas reiteradas de Estelionatos. Esses BOs revelaram, de forma inequívoca, que esse investigado é contumaz na prática reiterada de estelionatos no Estado do Tocantins. Na tentativa de se livrar das penas do processo crime, WILLIAN JONATHAN tenta desqualificar o tipo penal do estelionato para desacordo comercial.
Com isso, evitam que muitas das vítimas procurem a polícia e registrem os boletins de ocorrências pelo crime de estelionato Os investigados foram indiciados pelos crimes de Estelionato eletrônico; Estelionato qualificado na forma continuada, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Os presos foram custodiados na casa de prisão provisória de Palmas, onde ficarão a disposição do poder judiciário.
Reportagem: assessoria