O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou que a nova estratégia comercial de “abrasileirar” os preços de diesel, gasolina e gás de cozinha da Petrobras, anunciada nesta terça-feira (16/5), é uma vitória para a população brasileira. Silveira se reuniu com o presidente da empresa, Jean Paul Prates, quando foi informado da redução de 21,3% no gás de cozinha (GLP) – ficando com seu preço médio abaixo dos R$ 100, além da queda de R$ 0,44 por litro no preço médio de diesel A para as distribuidoras (-12,8%) e R$ 0,40 por litro no preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras (-12,6%).
“Hoje é um dia festivo para o Brasil, pois avançamos na liberdade econômica nacional. Nós saímos de uma política de ‘amarras’, que impedia maior competição e, consequentemente, melhores ganhos para o consumidor, para uma política de liberdade comercial que vai ser praticada, eu espero, pelas outras petroleiras, acompanhando o exemplo da Petrobras. Além de servir a uma política comercial adequada de competir internamente, vai tornar os preços mais atrativos para o consumidor e diminuir o impacto na inflação”, afirmou o ministro.
Silveira comemorou a nova estratégia comercial da empresa, que “abrasileirou” o preço do combustível. “Quem ganha, principalmente, são as brasileiras e os brasileiros com o cumprimento dos nossos compromissos de governo de anunciar, cada vez mais, melhores preços, não só de combustíveis, mas como de energia e outros insumos necessários para melhorar a qualidade de vida do nosso povo”, disse Alexandre Silveira.
O ministro criticou a política praticada pelo governo anterior, que, além tornar os custos para o consumidor final mais elevados, praticava uma política de desinvestimento, preparando a empresa, segundo ele, para uma possível privatização. Agora, Silveira acredita que a empresa se tornará ainda mais atrativa para investimentos em uma empresa “perene, sólida e equilibrada”.
“O que havia, na verdade, era uma política criminosa contra os brasileiros, que amarrava a maior petroleira do Brasil a preços que não permitia ela ter a sua política de competitividade conforme os seus custos e o seu lucro natural de mercado. Agora, a Petrobras vai ser protagonista, assim como em qualquer setor, de uma disputa interna de preços, conforme seus custos, respeitando a sua governança e natureza jurídica. Mas o governo, liderado pelo presidente Lula, disse de forma clara que nós temos uma grande prioridade: servir ao povo brasileiro”, finalizou.
Nova política
O anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes. Agora, a estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.
O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.
“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destacou o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Preços
A partir de amanhã (17/5), a Petrobras reduzirá em R$ 0,44 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel S10 comercializado nos postos, por exemplo, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,69 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,18 por litro de diesel S10.
Para a gasolina A, a Petrobras reduzirá em R$ 0,40 por litro o seu preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,03 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,20 por litro.
Reportagem: Ascom